A Câmara Municipal de Goiânia começou a discutir, nesta terça-feira (8), a obrigatoriedade de instalação de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR) nos equipamentos de iluminação em praças e parques públicos. O projeto é do vereador Lucas Kitão (União Brasil) e foi aprovado em primeira votação pela Câmara Municipal.
De acordo com o vereador, o projeto regulamenta a instalação dos equipamentos que impedem e minimizam os impactos dos choques elétricos em áreas públicas da capital e segue as normas de instalações elétricas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O autor ainda avalia que o projeto garante a segurança dos usuários de equipamentos de lazer localizados em praças e parques públicos, detecta as devidas alterações na corrente elétrica e imediatamente desligam o circuito imediatamente e minimizando os choques elétricos. Segundo ele, a situação se agrava por haver ausência de vistoria nos pontos de iluminação e das caixas de distribuição de energia, que podem levar a população, especialmente as crianças, ao risco de morte e de danos graves à saúde.
“Os dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual oferecem proteção pessoal contra choques elétricos perigosos que são causados pelo contato direto ou indireto com a rede elétrica e preservam o início de incêndios decorrentes de curto-circuito”, acrescenta o vereador Lucas Kitão.
Mais mortes do que dengue
Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), os acidentes elétricos fatais causaram mais mortes do que a dengue entre os anos de 2015 e 2019, período que antecedeu a pandemia de Covid-19. Foram 2.906 mortes por dengue no país, e 3.585 acidentes fatais envolvendo a eletricidade, sendo que estes são originados por choques elétricos (3.135), incêndios (231) e descargas atmosféricas (219).
É justamente essas fatalidades que o vereador Lucas Kitão quer evitar por meio da instalação dos equipamentos DRs nas praças públicas. “São dispositivos que evitam mortes e lesões que podem causar contato acidental com rede energizada nos locais de lazer da população”, justifica.